A Justiça Militar absolveu na quarta-feira (14) sete policiais
militares acusados de crimes como extorsão, corrupção e formação de
quadrilha. A Promotoria Militar informou que vai recorrer da decisão.
O julgamento durou cerca de cinco horas, na sede da Justiça Militar, em Belém.
O Conselho Permanente da Justiça Militar acatou a tese da defesa, que
alegou falta de provas para a condenação. Por quatro votos a um, os PMs
foram inocentados de todas as acusações.
Entre os policiais absolvidos está o tenente Luigi Rocha da Silva
Barbosa, apontado como o líder do grupo criminoso. Ao todo, 20 policiais
foram indiciados depois da operação Katrina, em 2014, que revelou que
os policiais cobravam propina de comerciantes na capital.
Os PMs foram monitorados por interceptações telefônicas. Em uma das
gravações, o tenente Celso Montelo cobra dinheiro de uma colombiana e
fica irritado com a demora para receber o pagamento:
- Buenas!
Eu tô aqui já, há 20 minutos, que ele falou que ia chegar. Tô aqui em
São Brás. Eu tenho outras coisas pra resolver, sábado ele me disse que
ia dar, já não deu. Aí quando pegam vocês, aí ligam pra ajudar vocês. Aí
quando é pra dar o dinheiro, vocês não querem dar.
Todos os PMs foram expulsos da corporação e trabalhavam no 2º Batalhão,
no bairro de Canudos. Mas segundo a promotoria, eles agiam em pelo
menos seis bairros da capital.
A previsão é que os outros 13 policiais militares identificados na organização criminosa sejam julgados em 2017.
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